domingo, 14 de agosto de 2011

desprendendo


"Tratou-me tão friamente. Dói saber que as minhas coisas, os meus assuntos, os meus sonhos, não são importantes. Os pedidos já são negados, e levados a segundo plano, já não há mais cumplicidade para resolver as coisas pacientemente. Eu nem sei se isso houve algum dia, mas enfim...deixa como estar, as coisas velhas devem permanecer no passado, ou guardadas em lugares protegidos, pois o pó adoece.
Se não importa, por que devo me importar?? Por que  coração?? Não há motivo pra você ficar abatido, aflito dentro de mim. Já sabemos que não é o caminho correto, que não é certo, que não há desejo de solução. Então, pra que tentar, hein?! Melhor mesmo, mais sensato e prudente é deixar. Não deixar ir pra voltar, mas deixar ir pra não voltar. Que haja consciência meu Pai na vida deste ser! E que de hoje em diante continue como foi nesses ultimas dois dias: bruto, ignorante, arredio, frio, impaciente, sem vontade de estar ou falar comigo. Isso, é exatamente isso que desejo da sua parte, o que você verdadeiramente é comigo quando estamos em público, por que quando estamos a sós, você, meu bem, não se comporta assim. Pelo contrário me enche de palavras falsas que provavelmente não poderão ser gritadas por que o 'nós' está preso nessa jaula de vidro da sua vida chamada orgulho. Então, me deixe carregar o peso dos eletros, segurar as malas, pagar as contas, conversar ao telefone, emprestar o pente, empurrar o banco, segurar em alguma mão, ter alguma atenção, sair por ai sem segunda intenção, sorrir do que realmente é engraçado, não forçar meu frio com grosseria, curar minha dor, remover as pedras. E não volte mais, por favor, não bata mais na porta, não abra mais a janela, esqueça meu telefone, não diga mais meu nome, por favor, sua voz me perturba. Não é mais como antes que trazia paz e me enchia de graça, tantas -des...trouxeram mesmo foi distancia e frieza. E isso meu bem tem cara de mal. Sai de mim, meu mal."

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